quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Reufma eleições 2012: decisão vai para o 2º turno

São Luís, 21 de dezembro.
Empate leva escolha da nova gestão  para o segundo turno.


A Reufma viveu um momento histórico nesta quinta-feira (20). Pouquíssimas vezes houve disputa pela coordenação da casa. Na eleição de ontem, duas chapas , atual gestão e oposição pleitearam o mandato de 2013. E no final, um resultado inédito: empate (12 a 12 e um voto branco).

A assembleia de eleição teve início pouco mais das vinte e duas horas e término à meia noite. Antes da votação, as duas chapas participaram de um debate organizado pela comissão eleitoral, onde puderam apresentar as suas propostas e responder às perguntas dos residentes.

Diante do resultado inesperado, a comissão eleitoral decidiu marcar uma data para o segundo turno, que deve acontecer em janeiro de 2013.

A coordenação da residência é composta por seis coordenadores, que devem ser, obrigatoriamente, moradores efetivos.

Redação: Paiva Silva

sábado, 15 de dezembro de 2012

UFMA: Bons ventos no Movimento Estudantil e Docente

São Luís, 16 de dezembro



A vitória da chapa “Ninguém Pode Nos Calar”, no Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFMA, é um fato relevante no movimento estudantil.

Durante várias gestões, o DCE vinha sendo controlado por segmentos conservadores, atrelados à reitoria, sem qualquer compromisso com a organização e os direitos dos estudantes.

Da chapa vencedora participam várias pessoas de diferentes matizes ideológicas, sem uma formatação partidária definida, dando um perfil plural à nova gestão que vai iniciar a reconstrução do movimento estudantil.

O grupo que assumirá o DCE conseguiu derrotar duas chapas da situação ligadas direta ou indiretamente aos interesses da administração da UFMA.

Um novo DCE fará bem à Universidade, retomando o exercício do contraditório como benefício à democracia.

O movimento estudantil atrelado à reitoria havia transformado a UFMA em um cemitério político, onde reinava a paz dos mortos de utopias, a falência da controvérsia e o extermínio da rebeldia, prevalecendo um pensamento único infértil para o ambiente universitário.

A chapa vencedora prega a luta pela participação estudantil, contra o autoritarismo na Universidade e pela reorganização das lutas estudantis nos âmbitos social, ambiental e cultural.

Os novos dirigentes do DCE pleiteiam também melhorias nos laboratórios de pesquisa e na moradia estudantil, extensivas ao atendimento no restaurante universitário – inclusive com a criação do RU nas unidades do continente.

Prometem ir à luta por transporte digno, pontual, seguro e com preço justo para todos os estudantes.

Defendem a ampliação do sinal de Internet em todos os campi para atendimento ao público acadêmico, implantação de bibliotecas com melhoria no acervo, creche nos campi para os filhos de estudantes, professores e funcionários, entre outras reivindicações.

No âmbito nacional, a chapa eleita defende a democratização das ações educacionais do país e a implantação de 10% do PIB para a educação.
NÚMEROS DA ELEIÇÃO

A chapa vitoriosa obteve 1.735 votos (47,5% dos votos válidos) contra 1.385 votos da chapa do segundo lugar e 674 votos da terceira colocada.

A chapa “Ninguém Pode Nos Calar” foi vitoriosa nos campi de São Luís, Chapadinha, Codó e Pinheiro, obtendo 100 % dos votos na urna dos estudantes de pós-graduação.

A terceira colocada obteve a maioria dos votos no campus de Bacabal e a segunda nos campi de Imperatriz, Grajaú e São Bernardo.

DOCENTES
O movimento estudantil revitalizado soma forças à combativa Associação dos Professores (Apruma), seção sindical do Andes – Sindicato Nacional, que tem feito um bom trabalho de reagrupamento dos docentes.
Além disso, a Apruma vem atuando de forma consistente na cobrança de uma gestão transparente e democrática na UFMA, denunciando a falta de diálogo da reitoria em questões graves como a intervenção no Colégio Universitário (Colun) e na implantação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) na gestão do Hospital Universitário.

Na interpretação da Apruma, a EBSERH vai privatizar os hospitais universitários, indo de encontro às bandeiras da saúde pública de qualidade, da concepção dos hospitais universitários como unidade acadêmica e da própria autonomia universitária.
DCE e Apruma, cada qual com as suas singularidades, somam na luta pela Universidade pública, democrática e semeada no terreno fértil das contradições.

A UFMA deve ficar bem mais interessante daqui pra frente.

Texto de Ed Wilson.