domingo, 13 de abril de 2014

MOVIMENTO EU QUERO UMA CASA NO CAMPUS

CARTA DE APOIO AOS ESTUDANTES QUE OCUPARAM O CAMPUS DA UFMA DE BOM JESUS EM IMPERATRIZ.

“Se você está construindo uma casa e um prego quebra, você deixa de construir, ou você muda o prego?”
Quando entramos na universidade esperamos encontrar um ambiente onde possamos expandir nossos conhecimentos e nossa capacidade de utilizá-los para mudar para melhor a realidade em que vivemos. Nós pensávamos a universidade como um lugar de libertação de nossas limitações e daquelas que as desigualdades sociais e políticas impõem à população pobre ou a qualquer um que ouse ir contra os interesses da oligarquia que domina o nosso Estado (Maranhão). Essa oligarquia não hesita em usar a violência para reprimir qualquer atitude de revolta diante das injustiças causada por ela, mas não devemos sentir medo ou mesmo raiva, mas sim revolta, pois esse deve ser um único sentimento que devemos ter diante de tantas injustiças. Uma visão de mundo representou em dado momento de nossa história a importação de um projeto político econômico cujas bases se fundamentavam na injustiça, no preconceito, no desrespeito e na negação à condição humana de muitos povos. Tal concepção ainda hoje é bastante cultivada dentro de um nicho da sociedade que se julga dominante, o fato de tal camada social cultivar esses abomináveis preceitos é perfeitamente explicável, do ponto de vista sociológico, levando em conta a existência, em nossa sociedade, de algumas estruturas sociais arcaicas responsáveis pela reprodução de um tipo social completamente desprovido de decência. A universidade, por excelência, sempre foi, ou pelo menos deveria ser, um lugar da confluência das diversas visões de mundo, de ideias, da construção e propagação do conhecimento. Na Universidade Federal do Maranhão, nos últimos seis anos, estamos sob um regime ditatorial que tenta a todo custo contrariar essa função da universidade através da imposição um projeto de universidade que representa em si a própria maneira anódina como o “Magnífico” reitor Natalino Salgado Filho concebe o mundo. Ir de encontro a esse ou a qualquer outro projeto que nos prive de uma educação (e uma educação de qualidade) e da participação na construção de uma universidade cada vez mais justa, dinâmica e respeitosa das especificidades de cada estudante, servidor e professor é nosso dever enquanto estudantes e cidadãos conscientes da força que temos e, que, muitas vezes, subestimam.    Se cabe a nós construir o futuro, então comecemos destruindo o presente regime instaurado na UFMA.  Para vocês, jovens que ocuparam o Campus da UFMA de Bom Jesus em Imperatriz, queremos aqui deixar o nosso apoio. Não desistam diante das dificuldades que porventura surgirem, pois aqueles que nos oprimem não reconhecerão seus erros facilmente. Nós que obrigamos o leão a ir dormir com fome sabemos a importância de apoiar ações corajosas como a de vocês, afinal como diz o velho provérbio africano: quando as teias de aranha se juntam, elas podem amarrar um leão.















Eraldo Barbosa
Coordenador geral da REUFMA
Coordenador do Movimento!



São Luis 13/04/2014

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

UFMA terá que entregar Casa do Estudante; acordo encerra protestos e estudantes saem vitoriosos

São Luís, 06 de dezembro de 2013.


Após cinco horas de reunião, realizada nesta quinta-feira (5), representantes dos universitários, reitoria da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Defensoria Pública do Maranhão (DPE), Comissão de Direitos Humanos da OAB e Ministério Público Federal (MPF), ficou decidido que a universidade  atenderá às reivindicações dos estudantes e  implantar a residência universitária no prédio já construído dentro do campus para esta finalidade, caso haja manifestações favoráveis do Ministério da Educação (MEC) e da AGU e viabilidade financeira. Após o acordo ser firmado, os estudantes concordaram em encerrar os protestos.

O Ministério da Educação (MEC) e a Procuradoria da UFMA deverão se manifestar sobre a viabilidade da ocupação do prédio do campus, e realizar uma vistoria com a participação dos estudantes interessados e de engenheiro civil, a fim de apresentar os custos necessários à adaptação do imóvel para moradia.

Para o procurador da República Alexandre Soares “foi possível atender aos interesses dos estudantes e da universidade e o principal protagonista dessa conciliação foram os estudantes”, afirmou.

Fonte: G1