sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Diferença do investimento na educação básica e superior cai à metade


           Em meio à troca de comando no Ministério da Educação (MEC), um balanço produzido pela pasta revela que o gasto público por aluno, no Brasil, é cinco vezes maior no ensino superior do que na educação básica. O dado é de 2010 e considera a soma dos investimentos de municípios, estados e governo federal. 


            O balanço cobre a última década e mostra que a diferença vem caindo ano a ano. Em 2000, o gasto público por estudante no ensino superior era 11,1 vezes maior. O que significa que a disparidade caiu mais que a metade no período 2000-2010. 

            O ministro Fernando Haddad, que deixará o cargo na próxima terça-feira, diz que é natural que o ensino universitário tenha custo mais elevado. Mas ele considera a atual distância ainda exagerada. Segundo o ministro, países desenvolvidos destinam entre 2,5 e 4 vezes mais recursos por aluno no ensino superior, na comparação com o ciclo básico. 

            A exemplo do que faz com os demais indicadores de educação, o ministro diz que é preciso analisar o caminho percorrido pelo país na última década, isto é, a redução da distância. Pré-candidato a prefeito de São Paulo pelo PT, ele cita o ano de 2002, o último do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Naquele ano, de acordo com o balanço, o investimento público por universitário superou em 10,1 vezes o gasto por aluno do ensino básico. Ou seja, era o dobro do registrado em 2010. 

            - É natural que o investimento na educação superior seja maior. Mas era escandaloso o indicador de dez vezes mais. Hoje estamos em cinco. E devemos melhorar pelo incremento contínuo dos investimentos na educação básica e não por cortes na educação superior, que está em expansão. 

            O balanço foi produzido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Em 2010, a soma de despesas dos três níveis de governo - municípios, estados e União - totalizou R$ 17.972 por estudante de nível superior. O gasto na educação básica ficou em R$ 3.580. 

            O investimento em ensino está no centro da discussão do Plano Nacional de Educação (PNE), cujo projeto ainda não foi votado na Câmara justamente por falta de consenso nesse aspecto. A proposta do governo para constar no PNE, que definirá metas para a década de 2011-2020, previa a elevação desse patamar para 7% do PIB. Movimentos sociais e entidades de educação defendem 10%. 

            Em 2010, o país aplicou no ensino público 5,1% do PIB, aponta o balanço do Inep. Em 2000, o índice foi de 3,9%. E permanecia o mesmo em 2005, após algumas oscilações. 

            Haddad, que assumiu o MEC em julho daquele ano, destaca que o investimento público em educação cresceu 1,1 ponto percentual nesse período. Ele admite que o valor é insuficiente. 

            - Os países ricos investem 5% do PIB em educação. Só que têm um PIB (per capita) maior e uma dívida educacional menor do que a brasileira. Se nós não tivéssemos o passivo que temos, talvez no futuro 5% até sejam suficientes. Hoje não, sobretudo porque a sociedade cobra ritmo, quer melhorar a qualidade da escola. E isso tem que ser respondido com mais recursos. 

            O MEC divulgou também resultados do Censo da Educação Básica de 2011. Da creche ao ensino médio, considerando inclusive as classes de educação especial e de jovens e adultos, havia no país 50,9 milhões de estudantes no ano passado, dos quais 7,9 milhões na rede privada. As prefeituras respondiam pela maior fatia - 23,3 milhões -; os estados, por 19,4 milhões; e o governo federal, por 257 mil. 

            As matrículas no ensino fundamental caíram 2,1%, seguindo a tendência dos últimos anos: em 2007, o país tinha 32,1 milhões de alunos de fundamental, ante 30,3 milhões em 2011. Segundo o ministro, a queda reflete o encolhimento da população nessa faixa etária e a melhoria do fluxo escolar, isto é, a redução da repetência e da evasão. No ensino médio, porém, o Censo de 2011 mostra estagnação, com 8,4 milhões de alunos - 0,5% a mais do que em 2010. O dado é preocupante, porque o acesso a essa etapa não está universalizado e cerca de 15% dos jovens estão fora da escola. 

            Já na educação profissional, houve alta de 9,7% nas matrículas (1,25 milhão), assim como nas creches, com acréscimo de 11,3% (2,29 milhões). 

            De malas prontas para deixar Brasília e encarar a disputa pela prefeitura paulistana, Haddad disse nesta quarta-feira que deu o que tinha de melhor: 

            - Nossa tarefa na educação é uma corrida de revezamento. Não será um ministro que vai concluir o ciclo da melhoria da qualidade da educação brasileira. Eu e minha equipe procuramos dar o que tínhamos de melhor para resgatar pelo menos uma parte da dívida do Estado com a população. 


Lugar: Brasília
Fonte: Andifes
Notícia alterada em: 19/01/2012 18h01

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Sete Tesouros de São Luís são divulgados internacionalmente


Ilha dos Amores é escolhida a Capital Americana da Cultura            
            A Bureau Internacional de Capitais Culturais (IBOCC) e a Prefeitura Municipal divulgaram, no último dia 04, em Barcelona, os sete tesouros do Patrimônio Cultural Material de São Luís. A Cidade, que é considerada a Capital Americana da Cultura, teve sua inscrição efetuada por intermédio da Secretaria de Turismo de São Luís (Setur) em 2010. No entanto, a comissão do IBOCC não promoveu a usual disputa entre três cidades, escolhendo São Luís devido ao seu quarto centenário e o seu alto valor histórico-cultural. 

            O título de “Capital Americana da Cultura” foi pensado para a promoção da integração cultural das cidades americanas, bem como a contribuição para os conhecimentos dos povos das Américas. Entre as 32 candidaturas, Azulejaria, Convento das Mercês, Igreja da Sé, Palácio dos Leões, Praça Gonçalves Dias, Rua Portugal, Teatro Arthur Azevedo foram os tesouros escolhidos na disputa, o que ratifica o título de Patrimônio da Humanidade, concedido à Ilha pela Unesco em 1997. 

            A partir de janeiro, o Bureau Internacional de Capitais Culturais e a Prefeitura de São Luís, por meio da Setur, vão promover um intenso trabalho de divulgação no exterior, visando o aumento do turismo cultural internacional com o uso de imagens, vídeos e gestão de eventos com alcance de até 20 milhões de pessoas, o que deve ajudar a transformar esses sete pontos em novos atrativos turísticos mundiais. 

            Quando questionado sobre a preparação de São Luís para uma campanha de divulgação desse porte e sobre suas consequências no aumento do turismo, o coordenador do Núcleo de Projetos e Pesquisa de Hotelaria da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), professor Davi Andrade, afirma que, como qualquer destino turístico, São Luís tem suas necessidades e que as suas carências são suprimidas à medida que as demandas surgem. “Títulos como esse evidenciam as necessidades. A iniciativa privada, por exemplo, é organizada e tem alto nível de qualidade e equipamento em relação à hospedagem e setor de alimentos como restaurantes e bares. Já os aspectos públicos deixam a desejar na infraestrutura, saneamento básico, transporte, preservação e segurança do patrimônio histórico, além do estado caótico do nosso único aeroporto. Esse título chama a atenção do setor público para essas carências”, conclui sobre a oportunidade de melhorias a serem implementadas na Capital. 

Edição: Diogo Azoubel 
Revisão: Carla Morais 
Foto: Portal Escolar

Lugar: Campus Bacanga
Fonte: Amanda Arrais - Ascom
Notícia alterada em: 
18/01/2012 12h12

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Reufmiano defende monografia


Por Paiva Silva, em 10/01/202
De todas as preocupações de um graduando, a monografia é, sem dúvida, aquela que mais lhe tira o sono. A sua defesa, então, é momento de grande ansiedade que se transforma em alívio, minutos depois. Nesta sexta-feira, 06 de janeiro foi o dia de José Delfino, morador da Residência Estudantil da UFMA (Reufma), apresentar o seu trabalho de conclusão de curso.
José Delfino
Com o título, Estudo do Comportamento voltamétrico de piridoxina (vitamina B6) sobre Eletrodos de Carbono Vítreo (CV), o estudante propõe, em seu trabalho, um sistema (sensor) para a determinação de vitamina B6 em amostras reais.
Delfino destaca que, ao se considerar o panorama atual em que a estética do corpo e o cuidado com a saúde tornam-se uma preocupação vigente, é importante saber que, toda substância pode ser tóxica, dependendo de sua quantidade, podendo, tanto o estado de carência quanto o excesso, afetar a saúde. Sua pesquisa teve como objetivo propor uma metodologia para determinar (identificar e quantificar) piridoxina, popularmente conhecida como vitamina B6, empregando-se um eletrodo de carbono vítreo via técnicas eletroquímicas.  Segundo a Anvisa (2005) as ingestões diárias recomendadas (IDR) para a vitamina B6 é exatamente 1,3 mg. É nesse contexto que surge, segundo ele, a necessidade de qualificar (avaliar sua presença ou ausência em determinada amostra) e, principalmente, quantificar a vitamina B6 em medicamentos ou suplementos alimentares.
Os métodos oficiais de análise para determinação de vitamina B6, apesar de eficientes, apresentam algumas desvantagens, como um extensivo tratamento da amostra, alto custo das análises e impossibilidade de determinações em tempo real (in situ) – que se faz às vezes necessário.  As técnicas eletroquímicas surgem, portanto, como uma alternativa viável a essas dificuldades. Nesse intuito, o graduando relata que experimentos foram realizados para otimizar as condições de análise e determinação dessa vitamina, obtendo resultados que validam o método proposto. Por fim, ele afirma que todos os resultados obtidos apresentaram-se satisfatórios e atenderam as expectativas que se tinha para o projeto, semelhantemente estes resultados apresentaram-se coerentes e comparáveis aos de outros métodos reportados na literatura, o que permitiu concluir que o sistema proposto pode ser aplicado como sensor eletroquímico para determinações de vitamina B6 em amostras reais.
Delfino entre os  professores da banca
José Rodrigues Delfino está concluindo o curso de Química Industrial, pela Universidade Federal do Maranhão e desde o início da graduação é morador da Reufma. A sensação no momento, diz ele, é de dever cumprido.


Dos colegas e amigos reufmianos, ficam o orgulho e os parabéns a mais um companheiro que cumpre com êxito essa árdua e importante etapa da vida.