quinta-feira, 5 de maio de 2011

NOTA DE ESCLARECIMENTO – MOVIMENTO PRÓ-CASA DE ESTUDANTE

Notícia veiculada no site da UFMA pela ASCOM:http://www.ufma.br/noticias/noticias.php?cod=9823

O Movimento de Estudantes, denominado Pró-Casa vem por meio deste esclarecer algumas notícias veiculadas pela Assessoria de Comunicação da Universidade Federal do Maranhão (ASCOM) a cerca do legítimo Ato organizado por vários estudantes reunidos no ultimo dia 15 de dezembro em prol de uma Assistência Estudantil de qualidade, em especial à ampliação do Programa de Moradia Estudantil desta Universidade.
É lamentável o papel que a ASCOM, referendada pela administração Superior desta Universidade, vem se prestando ao vincular notícias parciais, destorcidas e muitas vezes criminalizando as legítimas manifestações estudantis, a exemplo do referido Ato.
Segundo a reportagem o reitor Natalino Salgado afirma que “há uma ampla e constante preocupação com a melhoria da assistência estudantil dessa Universidade”, porém não é isso que é visto no cotidiano dos estudantes da UFMA. De fato houve um incremento em alguns programas de “assistência estudantil”, porém foi insignificante em relação à crescente demanda de estudantes carentes. Tivemos, com o REUNI, um aumento das vagas e dos campi, porem, sem condições estruturais, pedagógicas e de permanência. Isso devido ao projeto do governo federal de ampliação do numero de vagas nas universidades. As filas do Restaurante Universitário (RU) ainda são enormes, os bolsistas recebem uma das menos bolsas entre as federais para serem sobrecarregados em trabalhos administrativos. Além disso, nenhum dos campi do continente possuem programas mínimos RU, moradia estudantil, espaços de convivência, programas de língua, etc. Se a situação é precária no campus sede, nos demais é pior ainda. Ou seja, nenhuma revolução foi feita na assistência estudantil. A assistência estudantil desta universidade está muito aquém do mínimo necessário.
O mais repudiante e desrespeitoso foi o reitor tratar o direito à moradia como “privilégio de poucos”. Chamar aqueles que precisam de moradia estudantil para continuar seus estudos de PRIVILEGIADOS. Seu ato só revela descaso e temor àqueles que discordam de política para com a UFMA. Pois somos contra a banalização da educação. Á precarização da UFMA.
O crescimento desta universidade tem se dado de forma desordenada e sem qualidade. Somos uma universidade, promotores do conhecimento. Devemos honrar esse título. Se temos 3 mil estudantes carentes, os 3 mil estudantes devem ser assistido, e SEM EXCEÇÃO.
A reportagem, que em nenhum momento procurou o movimento para escutar sua versão dos fatos, tenta marginalizá-los e distorce os fatos, tentando induzir a comunidade acadêmica a acreditar que era um movimento de cunho individualista e que não estávamos preocupados com os demais estudantes.
Os estudantes lá presentes sempre estiveram presentes em outras lutas, tais como a ampliação do RU, aumentos das bolsas de alimentação e trabalho, além do aumento do valor da bolsa trabalho, enfim, uma assistência estudantil de qualidade que contemple tod@s que dela precise. Temos clareza que de todas as condições de vulnerabilidade econômica os estudantes que necessitam de moradia estudantil estão entre os mais necessitados e descriminados, sendo muito perceptível na fala do Reitor Natalino Salgado.
Dos poucos programas de assistência estudantil esse é o mais marginalizado. Há mais de 10 anos essa Universidade atente à mesma quantidade de estudantes que necessitam de moradia (cerca de 80). Das 3 residências apenas 2 têm sede própria, sendo que nossa luta não é para que os estudantes que moram nas sedes próprias saiam destas e vão para a tão sonhada casa no campus. O objetivo é que essa nova residência abrigue novos estudantes, ampliando esse programa que ainda hoje é tão precário.
Segundo pesquisa da Associação dos Reitores das Universidades Federais, 12.4% dos estudantes precisam, potencialmente, de moradia estudantil. Atualmente a UFMA atente a menos de 1%. Muitos são os relatos de estudantes que passam no vestibular, mas, não iniciam seus cursos porque não têm condições de moradias e as atuais residências estão superlotadas. Infelizmente o reitor dessa universidade trata essa questão como “PRIVILÉGIO DE UM PEQUENO GRUPO”.
Sabemos que questões que envolvem a não entrega da Casa aos estudantes vão muito alem da suposta “preocupação da atual gestão com propostas mais viáveis e mais abrangentes de assistência social a estudantes carentes”.
Porém estamos atentos e faremos de tudo, seja pela via judicial, seja pela mobilização direta, para garantir condições dignas e igualitárias a todos os estudantes dessa Universidade.
Acreditamos que o conjunto de estudantes dessa universidade são solidários a essas reinvidicações e estarão sempre dispostos à lutarem por uma assistência estudantil de qualidade e por uma UFMA democracia.

Movimento Pró-Casa; REUFMA; LURAGB; ANEL; Ex-moradores da REUFMA


 
Aramys Silva dos Reis

Farmacêutico-Bioquímico
Mestrando do PPG em Ciências da Saúde - UFMA
Laboratório de Imunofisiologia
Coordenador de Comunicação - ENEFAR - Gestão 2009/2010 "Não há Luta sem Amor"
" Mas o que Importa é Transformar o Mundo!" (Karl Marx)

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