Notícia retirada da página do Jornal da Globo em 05/07/2011
As ofensas teriam sido dirigidas ao estudante nigeriano Nahy Ayuba. Reitor pediu que Ministério Público também apure o caso.
“Se você usa seu poder para - de alguma forma - inferiorizar o ser humano você está sendo preconceituoso e não está tendo a postura que um professor deveria ter”, diz a universitária Loydi Santos.
As ofensas teriam sido dirigidas ao estudante nigeriano Nahy Ayuba. "Tem um dia que eu tirei nota baixa e ele falou que tenho que voltar para a África. Outro dia, ele disse que somos de mundos diferentes - aqui são civilizados. Aí eu me senti muito mal", diz Ayuba.
Nahu Ayuba abriu um processo criminal contra o professor, que tentou justificar seus comentários. "Mesmo que você seja negro, mas você tem que ter aquelas maneiras dentro da sua formação acadêmica, dentro do seu dia a dia; aquela maneira de mostrar o seu valor independente de qualquer raça ou espécie”, afirma o professor Jorge Clóvis Verde Saraiva.
- O senhor não acha que esse tipo de comentário já não é preconceituoso? 'Mesmo que seja negro'?
- Com essa conotação assim, mais árdua, mais dura... Aí fica uma coisa... Entendeu? – fala o professor.
Em nota, o reitor da universidade disse que, se confirmadas as denúncias, o comportamento do professor será considerado lamentável e vergonhoso. Afirmou ainda que abriu um processo interno para investigar em detalhes o que aconteceu e pediu ao Ministério Público que também entre no caso.
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