domingo, 1 de dezembro de 2013

Notal Oficial das Casas de Estudantes em resposta à Administração Superior da UFMA

Nota oficial das casas de estudantes (REUFMA, CEUMA E LURAGB) em resposta à administração superior da Universidade Federal do Maranhão.

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O Coletivo de casas de estudantes vem, por meio desta, manifestar-se em relação à nota oficial publicada pela Universidade Federal do Maranhão na da quinta feira, 28 de novembro de 2013, no site oficial da UFMA.

Esclarecemos que a atitude do estudante Josemiro Oliveira é resultado do esgotamento das tentativas de diálogo com a administração superior da UFMA, a qual tem se mostrado irredutível, e insensível às problemáticas enfrentadas pelo corpo discente da instituição, visto que outras mobilizações ocorreram, trazendo à tona problemas como a falta de vaga em residências estudantis e a falta de uma assistência de qualidade aos estudantes oriundos de outros locais. Neste sentido a reitoria ignora completamente qualquer tentativa de dialogar com o movimento para buscar soluções plausíveis ao que concerne à política de assistência estudantil.

A mencionada “reunião” do dia 26 de novembro, citada na nota publicada no site oficial da UFMA, refere-se na verdade a uma apresentação da recém-criada Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis. O evento em questão tinha como finalidade apenas a apresentação do professor que iria a partir daquele momento administrar o órgão supracitado. Em momento algum houve um encontro no sentido de resolver os anseios da comunidade estudantil desta instituição. Sendo assim, não foi possível discutir qualquer que fosse a problemática inerente às residências estudantis desta instituição.
  
Consideramos um avanço à comunidade acadêmica a criação da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis. Entretanto, o avanço maior seria a entrega imediata da Casa no Campus, que se caracteriza como uma solução mais urgente. Com relação ao aumento da Bolsa Permanência, salientamos que a UFMA é a instituição que oferece a menor bolsa do território nacional. Ressaltamos ainda que a contemplação do estudante nesse programa implica diretamente numa carga horária de trabalho de 20h semanais em atividades administrativas, o que o inviabiliza de realizar atividades de pesquisa e extensão, pilares básicos da universidade pública.

Com relação aos referidos investimentos feitos nas estruturas físicas das residências estudantis ao longo de anos, é importante frisar que se comparado aos valores gastos com obras não tão urgentes como o caso do Portão de Entrada da UFMA, que custou para os cofres públicos inicialmente R$ 409.051,78, o citado investimento com reformas nas casas de estudantes torna-se irrisório. Vale saber, que de propriedade mesmo desta instituição, existe apenas uma casa de estudante, as outras duas pertencem a locatários. O atual estado das moradias não condiz com os investimos ditos pela administração, pois há problemas hidráulicos, elétricos e danos estruturais.

Relembrando que a ocupação da reitoria sucedida no mês de maio deste ano teve como estopim justamente a total ausência de dialogo entra a reitoria e os representantes estudantis. Faz-se necessário esclarecer à comunidade acadêmica que, na reunião com o movimento de ocupação, ficou acordado reuniões periódicas com a reitoria para tratar de assuntos de interesse dos estudantes. Entretanto, tais reuniões nunca chegaram a acontecer por omissão da atual administração superior, que se nega a dialogar com as representações estudantis.

Obviamente, tem-se a necessidade de ampliar a quantidade de refeições, levando em consideração o aumento de alunos ingressos depois da implantação do REUNI, que torna o número de 500 bolsas-alimentação insignificante para um universo de mais de 50 mil estudantes. Por isso, reivindicamos a gratuidade a toda comunidade acadêmica, tendo em vista, que na atual conjuntura o MEC disponibiliza recurso suficiente para a efetivação dessa gratuidade.

Portanto, ressaltamos que o Ministério da Educação (MEC), através do Plano Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), repassa direto às instituições superiores recursos para prover a permanência e assistência estudantil. Esses recursos são aumentados a cada ano e atualmente ultrapassam mais de R$ 400 milhões, divididos de forma equitativa entre todas as universidades federais. No que concerne, construção de moradias, restaurantes universitários e bolsas para permanência. Neste sentido, observa-se na instituição pública em questão a total ausência da aplicabilidade de tais recursos à assistência.



São Luís-MA, 29 de novembro de 2013


Coletivo das Casas de Estudantes da UFMA

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