quarta-feira, 18 de maio de 2011

“INOVAÇÃO E INCLUSÃO SOCIAL”, você veste esta camisa?
            Sob o slogam “Inovação e Inclusão Social”, o senhor Natalino Salgado assumiu o mandato de Reitor da Universidade Federal do Maranhão, tornando-se magnífico, posto ser este o pronome de tratamento adequado segundo a norma culta da língua pátria, para quem ocupa tal cargo, cargo público, enfatizamos.
            Mas em que efetivamente se constitui tal inovação e inclusão social? Realmente o magnífico Reitor inovou. Inovou ao inaugurar obras sequer concluídas, como o fez com o Centro Pedagógico Paulo Freire, isso quando não foram paralisadas; inovou ao não dar prosseguimento a obras da Universidade, sob a esdrúxula alegação de que tais projetos não eram seus, e sim de quem ocupou seu cargo anteriormente, como quem rasga a Constituição da República Federativa do Brasil, que em seu art. 37 preceitua a impessoalidade como princípio basilar de todo e qualquer ato da Administração Pública, direta ou indireta, dentre estas incluídas as universidades.
            Quanto à inclusão social, percebe-se que esta se deu de várias formas, como: em murar a universidade, isolando-a das comunidades circunvizinhas; em inchar a universidade de alunos sem adequação logística, estrutural e humana, tendo como consequências salas superlotadas, filas intermináveis no restaurante universitário, no único posto de compra de passe, na insuficiência de ônibus que circulam no campus, e no total descaso para com os acadêmicos que necessitam dos serviços da biblioteca central e, quando lá chegam, sequer encontram armários, mesas e cadeiras suficientes para a demanda, obrigando muitos a sentarem-se no chão, ou procurar outro lugar, se houver.
Urge ressaltar ainda o desrespeito da Administração da Universidade para com determinações judiciais, negando-se a cumprir o que foi acordado e homologado na Justiça Federal, a saber, a entrega da Casa de Estudantes situada no campus da instituição, a qual comportaria aproximadamente 100 (cem) estudantes, tendo já sido iniciada, com verbas públicas ali gastas (cerca de 1 milhão de reais), e agora, o magnífico pretende desviar sua finalidade, pesando o erário público em mais de 900 mil reais, enquanto o Programa de Assistência Estudantil disponibiliza míseras 60 vagas, inalteráveis, ante a própria estrutura das residências, que não comportam número superior, fazendo com que muitos desistam de seus cursos por não terem local para residirem, tampouco condições financeiras para tanto.    
Tal “Inovação e inclusão social” defendida pelo Magnífico Reitor Natalino Salgado, não condiz com o significado de tão belas palavras, tampouco com a realidade da UFMA.
Inovação e Inclusão Social, SIM, mas não esta que nos é oferecida!!!
Reufma (Residência Estudantil da UFMA)

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